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quinta-feira, abril 23

Blog-ing a Pesquisa do Itens




Recebi no final do ano passado uma bolsa da Funarte de Pesquisa de obra coreografica, para um projeto que estou chamando de ITENS DE PRIMEIRA NECESSIDADE, que seria a parte 3 da trilogia iniciada com SERTAO e continuada com BULL DANCING.

Decidi usar a bolsa para realmente, mas realmente PESQUISAR alguma coisa, ou seja, tomar o tempo para estudar, procurar casualmente pistas, me deixar levar por intuicoes, juntar minhas observacoes, organizar pensamentos aleatorios e tentar me deter ali, naquele espaco do "nao saber" e do " nao necessariamente querer que algo ja faca sentido, ja seja construido alguma coisa pra existir, pra ser vendido, pra acontecer.

Comecei me perguntando o que seria realmente uma PESQUISA, se existia um metodo, uma maneira eficiente e/ou correta de proceder, de que maneira eu poderia nao me perder nessas deambulacoes.

Ai a Christine Greiner falou assim numa reuniao do Rumos:
"Para que aconteca uma pesquisa e' necessario uma questao e uma interlocucao."
Faz sentido. Mas tenho uma duvida:
Essa questao seria algo proximo de um tema, um assunto, um ponto de partida para a inspiracao?
Ou seria uma questao possivel de ser equacionada no e pelo corpo?

Prefiro a segunda opcao, mas optando por ela, me pergunto:
Para que uma questao seja equacionada no corpo nao precisamos primeiro passar pelo pensamento, por essa instigação mental que acaba por deflagrar algo em nosso corpo?
Me parece que a linguagem que usamos para nos compreender e estar no mundo antecede as acoes do nosso corpo, nosso posicionamento corporal e espacial, e essa linguagem e' autoritariamente mental.

Na minha busca por direcoes para como proceder com a pesquisa me deparei com um texto interessantissimo do teorico e performer Martin Spangberg sobre a ideia de pesquisa, processo e colaboracao.
Ele diz que tudo isso comecou a tomar forma como tal, ou seja, as pessoas comecaram a realmente falar de pesquisa como concepacao para seus projetos no inicio dos anos 90, e ai partir dai essas ideias foram "institucionalizadas" pelos festivais, teatros e editais no mundo inteiro. A ideia de estar em um processo, mostrar uma pesquisa, colaborar e fugir de um resultado fechado e pronto virou a "grande coisa" da contemporaneidade, principalmente em se tratando de danca, talvez pelo corpo fazer cada vez mais parte central das discussoes e por essa arte se aliar definitivamente aa ciencia e aa filosofia por exemplo.

Spangberg aposta tambem na ideia de que toda pesquisa deve ser capaz de contribuir com alguma informacao geral, para toda e qualquer pessoa, que possa contribuir consideravelmente para algo a mais do que apenas o resultado de si mesma. Mas ressalta que deve ser levado em consideracao o fato de que a pesquisa tem que encontrar sua especificidade na area escolhida, quer dizer, se a pesquisa e' em danca, tem que ser descoberto algo que so atraves da danca pode ser dito, que so atraves da danca pode ser conseguido atraves da pesquisa.

Atualmente em Berlim acabo de me encontrar com Leonel Brum, coordenador de danca da Funarte, e imediatamente peco a ele um tempo maior para terminar minha pesquisa, que a principio teria que acontecer entre janeiro e final de maio de 2009. Ele me diz que seria complicado, e que poderia dar muito trabalho com relacao a prestacao de contas e essas outras burocracias.

Decido entao mostrar o que tenho no final de maio e usar esse 1 mes daqui pra frente pra postar tudo o que foi pesquisado ate agora, todas as minhas notas "de rodapé", todas as minhas fontes, meus devaneios, atalhos, os becos sem saidas e as constatacoes e reconhecimentos que sao para mim, a parte mais prazerosa e excitante de uma pesquisa.

A ideia de interlocucao proposta pela Christine, aparece no blog, espaco usado como interlocutor em si e como territorio possivel de interlocucoes.

De agora em diante vou fuzilar o blog com a pesquisa, transformando-a em "um corpo virtual".

segunda-feira, abril 20

AMALDIÇOADO




Nasci numa mesopotâmia tropical entre rios de água barrenta que passavam numa velocidade quase parando no curso do tempo do lugar. Na classificação dos mundos tirei o terceiro lugar, nasci num mundo hipotecado, hiper-realidade fantasmagórica colonizada quase por acaso na contradição da idéia ilegítima de expansão de poder. Fui amaldiçoado por minha mãe pelo meu pai e por toda uma sociedade que se diz defensora da moral, dos bons costumes e de uma forma de sanidade inóspita que aliena e embrutece os sentidos. Sentidos, músculos, órgãos, e o sangue congelado nas veias e artérias paralisadas pelo medo e pela indiferença. Sou um homem amaldiçoado com registro na carne, maldição que perdura na célula, pulsa no corpo e lateja em cada buraco dele.

Hoje estou fadado a viver submerso entre níveis de compreensão do que seja o real e as ficções que inventamos para não cair no desconsolo da solidão, tão desamparados nos vemos diante do banal, do incerto e do absolutamente sem sentido. Deserto de amor, submerso na monstruosidade de um corpo disforme sem ilusão de alma ou continuidade celeste, sujeito ao escrutínio de si mesmo, renegado e desconsiderado, homem amaldiçoado, corpo matavel, objeto expurgado de um purgatório vigente, mercadoria condenada por data de fabricação, mito despedaçado em um pais sem memória lançado na bagunça generalizada dos opostos em contradição.

Vivo do meu trabalho e do meu corpo, maneira que encontrei de me fazer passar por alguém, mais um na fila de espera desse nada coisa nenhuma que insistem em manter no banho maria para não desacatar a esperança, essa forma egoísta de desconfiança e descrédito em si mesmo. Vivo da lenda em torno da minha figura monstruosa que exala uma beleza tenra, bruta e fétida e que me esconde e isola do que não posso conter.

As vezes choro para não desprezar o que se manifesta do meu corpo. Vago entre sinais de transito em domingos inconsoláveis, feio, sujo e malvado, quando o desejo da carne se contorce em formas de respirações ofegantes, mar sem água, homem amaldiçoado a margem do que não circunda ou des-limita.

E o que eu seria se não fosse mito?
Seria apenas um ladrão barato, um golpista parasita do governo, um organizador de orgia, aliciador de menor, funcionário publico, aidético terminal, um pseudo moderno, um tiozinho medíocre, um gringo metido a besta.
Amaldiçoado pelo que desejo ser e ter, desprotegido do meu próprio desejo, homem avulso, convexo, monstruoso, extravagante e sentimental.

Quando o rio em cheia desce leva barranco, lixo de hospital, esgoto de prédios dos novos ricos, restos de lixo urbano, paredes de barracos e o indissolúvel da maldição que perdura nos ossos e que nos mantem na idéia fixa de que não somos capazes e jamais teremos nossas cabeças fora d’agua, preferindo as luzes da lua cheia por saber esconder nossa própria e real deficiência.

sexta-feira, abril 10

Artistas Independentes












Ser artista independente nao e' ficar sem grana e ensaiar em escola publica, pedir ajuda a gente rica e participar de tudo que e' mediocridade.

Ser artista independente e' saber escolher com consciencia, e' saber que o artista tem um papel a cumprir, tem dignidade, integridade, que nao se vende e que tem que brigar pra todo dia mandar esse poder infiltrado pra puta que pariu.

Ser artista independente e' ser terrorista, destruidor de falsas ideologias e confortos classe media, e' nao ter nada a perder sabendo que tudo ta ganho.

O corpo do artista independente e’ o corpo sem orgaos de artaud e Foucault, o corpo que nao se rendeu, mas sim, subverteu a logica dualista do bom/ruim, do certo/errado, do aceito/nao aceito.

Ser artista independente e’ ter recebido a emancipacao de si mesmo, e emancipacao e’ liberdade responsabilizada.

O artista independente faz o seu proprio Mercado, instaurando a situacao compra-venda-troca para si mesmo, segundo seu desejo e sua necessidade.

O artista independente desmonta o poder capitalista na qual todos os sistemas estao ancorados. Faz da exclusao o seu alibi, corpo demitido de funcoes hierarquicas, demitido do medo e da covardia.

Ser artista independente e’ estar na contra-mao das vias duplas, não apenas com seus atributos estéticos, suas linguagens conceituais, mas na contra mão da própria sociedade, operando como vírus destruídor de regras normativas e regimentos manipuladores.

quinta-feira, abril 9

Floresta Amazonica












segunda-feira, abril 6

Carlos Pablo Van Gogh




Hoje encontrei Carlos na orla do Rio Negro em Manaus.

O menino se aproximou simpaticamente de nossa mesa no bar Laranjinha, e explicou que faria uma paisagem pintada ali mesmo na hora, em um azulejo, e que custaria 10 Reais, mas se nao gostassemos, nao precisariamos pagar.

O discurso do menino era claro, direto, e tinha a dignidade de um artista que sabe o que ta dizendo, e que sabe que se garante no que faz.

Puxei conversa. Perguntei se seria um retrato, e ele disse que nao, seria uma paisagem, mas eu so pagaria se gostasse, assim como quem tava vendendo um quadro do Monet, garantindo ao comprador a opcao de nao levar, ao mesmo tempo que garantia silenciosamente a qualidade da mercadoria.

Disse que faria em 5 minutos e pensei em comprar na hora.

Mas me interessei mais pela conversa, por saber quem era aquele menino esperto, com ar de brincalhao, negociando ali na lata a sua "arte".

Perguntei a idade e o nome dele. 13 anos, Carlos.

Dei corda, dizendo que um artista tem nome artistico, e ele imediatamente disse que tinha:

Carlos Pablo Van Gogh.

Fiquei pasmo! Perguntei se ele conhecia Van Gogh. Perguntei que estoria era essa de Pablo, ja desconfiado.

Ele disse que Pablo era do Picasso, e Van Gogh...Claro que conhecia.

Contei que Van Gogh nao vendera nenhum quadro em vida, que morreu pobre, e ele me interrompeu pra dizer o preco em Reais de alguns quadros do pintor holandes.

Perguntei se sabia da orelha cortada de Van Gogh, ele fez um gesto como que cortando a propria orelha, ja sabia, e parecia que havia treinado aquele gesto varias vezes porque o fazia perfeitamente, com uma cara de quem ta fazendo uma performance importantissima.

Insistiu em fazer a paisagem, eu disse que tava desempregado, que tambem era artista, e insisti na conversa.

Perguntei se ele conhecia Picasso, ele disse claro, e eu disse que o Van Gogh nao se chamava Pablo e sim Vincent, e falei do irmao do Van Gogh e ele perguntou, o Theo?

Eu de novo de cara. Ai ataquei: E de que outros pintores tu gosta mais? Gosta do Cy Twombly? (o meu preferido)

Ele pronunciou direitinho, Cy Twombly, fazendo ares de que conhecia, mas claramente chutando, apenas repetindo o que eu havia dito.

Me contou que a mae era Venezuelana e ai comecamos imediatamente a falar espanhol, e nao e' que o menino falava espanhol direitinho!

Eu de boca aberta com aquele encontro, surpreso e feliz de ter encontrado o Carlos.

Me apresentou o irmao que havia se aproximado.

Retruquei que aquele nao era irmao dele, nao se parecia em nada, ele insistiu que sim, era irmao, eu disse que nao, ai ele me disse que era irmao por parte de pai, e que os pais estavam na venezuela e que tinha deixado ele ali "solito".

Perguntei onde morava, ele foi logo dizendo que nao tinha casa, contestei, tu tem que morar em algum lugar, ele entregou que morava com o irmao em cima de um bar na orla.

A conversa era franca, sem frescura, o menino me dando rasteira eu puxando o tapete dele, conversa entre artistas.

Pedi pra tirar uma foto, ele posou, eu reclamei brincando que ele nao tava fazendo pose de artista, ele disse: olha ia, to fazendo pose de artista sim, ta vendo nao?

Me contou que o que mais gosta nele mesmo e' o cabelo, pegando no cabelo pintado baratamente de loiro, fazendo charme, tirando onda.

Dei 2 Reais pra ele, e dispensei a paisagem.

Apertamos a mao um do outro antes de se despedir, mas ele foi logo batendo a palma da mao contra a minha, e so tive tempo de fechar o punho pra tocar no punho dele, numa saudacao camarada, atual, comprimento de parceiro.

Fiquei pensando no Brasil, na imensidao desse pais enquanto olhava a escuridao das aguas do Rio Negro.

Vai ser dificil esquecer Carlos Pablo Van Gogh.

E acho que vacilei de nao ter comprado a paisagem, pra vender no futuro por alguns milhoes de dolares.

sábado, abril 4

Fabio Malini, o Twitter e outras Tentacoes

Fim da Guerra Fria.

Os resto do corpo em pandarecos, poeira no ar, ainda nao constatacao do que foi, do que ficou, muito menos do que vira.
Mas e'isso que deflagra o fim dessa guerra insana.

Ruptura, preciso juntar os cacos, tomar um banho e tentar escrever sobre tudo isso:
Alivio, liberdade, dignidade defendida, chute no pau da barraca, todos e tudo pra puta que pariu.

Ruptura como resistencia maxima, como possibilidade infinita, boiar na incerteza no meio de ondas altas, mas ainda poder olhar as gaivotas e a quietude de ser e estar voce mesmo.

Se parece com acordar de um pesadelo, esses tres ultimos anos, todo o trabalho, toda a energia, o sonho de construcao de um futuro, no xeque mate da total instabilidade.

Se parece com sobreviver de um acidente de aviao, sair ileso, mas nunca mais ileso, para sempre transformado, transtornado, transbordado.

Ruptura negrada, da pra fazer muito dai, talvez exatamente o que estavamos precisando, isso se conseguirmos pagar todas as contas....puta merda!

Voltar pro blog, pra vida, pro que se e', com a possibilidade de daqui pra frente poder sempre mandar quem quizer pra puta que pariu.

Poder agora so o biopoder porque nao da pra remediar, e porque sei da existencia da biopotencia, e sem esse momento galera, jamais poderiamos mergulhar nela.

Poder de fundo de quintal com esses politicos escrotos, (agora pra sempre) pra puta que pariu.

Adeus Teresina, talvez nao o territorio-cidade, mas adeus Teresina do fim do exilio, da infancia, dos desejos mais carinhosos...Porque uma cidade e' bem pouco um territorio, e' mais uma sensacao espacial, um aconchego, um se apegar sem saber como e porque, um fervilhar de afetos amorosos...entao va voce tambem Teresina, pra puta que pariu.

Porque afeto nao precisa de territorio, demarcacao, planta baixa, vista aerea.

Afeto so precisa de corpo pra existir, e essse me parece, esta mais acordado do que nunca, apesar de cansado feito jagunco de canudos, chamuscado, ainda inerte de susto, mergulhado numa vergonha imperial de ter nascido ali e ter um dia acreditado ser dali.

Nao sou mais de lugar nenhum, nem de Teresina, nem do Dirceu, nem seu, nem meu, nem da puta que pariu.

Sou so a ausencia que escapa de mim.

Na psicanalise tem uma coisa assim de matar o pai e a mae pra renascer, pra ser gente, pra crescer.

Eu matei Teresina de vez (ou foi ela que me matou o que da no mesmo), so falta cortar em pedacinhos assim pra ganhar diploma de merito, mas vou ganhar.

Morta, morta, totalmente desencantada.

To agora em Boa Vista, Roraima, e gente que realidade e' essa?

Cafes com Sonia, peixe na beira do rio com a rapaziada do Itau.
Territorio das afeicoes instantaneas, para alem de toda e qualquer reserva indigena da terra de caubois.

Tarde na frente do computador na aula do Fabio Malini, do Espirito Santo, que da no' no juizo com essas tentacoes virtuais, e confirma esses outros territorios, blogeiro doutor destes que manda ate a propria identidade pra puta que pariu (o que diria os territorios!).

De noite palestra para um grupo pequeno de total desconhecedores do que seja danca contemporanea, processo, pesquisa, colaboracao. Projeto Rondon da danca contemporanea, Cousteau do fim das proporcoes do dizivel nas artimanhas do corpo em movimento.

Ai embaixo vai o registro do Fabio no Twitter da minha palestra.
Gosto da compactuacao, da economia das poucas palavras, do que ficou disso tudo.
Gosto das risadas, de quando existe interesse mutuo no desconhecido de um do outro.

Amanha Manaus, o Eldorado, terras selvagens da floresta amazonica.

Mais de Boa Vista despues.






(palestra de tras pra frente, thanx Fabio!)


cansei... vou descansar... o marcelo evelin é um grande talento, puts, sensacional..
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#rumositau dança é parecida como um quadro ...(Sônia)
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um cara diz aqui: "eu enxergo a dança contemporânea é uma forma de criação de provocações".
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marcelo relata a experiência de exibir dança contemporânea na periferia... "no começo a galera gritava enquanto dançávamos, achava absurda"
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#rumositau kkkkkkkkk o marcelo: "é um saco debate após espetáculo". Um cara diz o curriculo dele e depois pergunta: "q horas são?" kkkk
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#rumositau marcelo: "o vestido da minha falecida avó é um resto de corpo"
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#rumositau marcelo diz: não dá para explicar tudo. Esse é o problema.
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#rumositau publico diz ao marcelo: não seria interessante explicar o que é o espetáculo antes para o público?
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#rumositau "há uma saturação da individualização do corpo... no brasil, há um senso de coletividade".
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#rumositau preocupação do marcelo hoje:como é que chego no público sem tratar só agradar.
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#rumositau marcelo: a luta é um front, estamos num lugar suscetível ao ataque, estamos em um entre.
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#rumositau agora ele está pesquisando a última parte, sobre a luta, baseado no conceito de biopolítica de Foucault. "A luta é consigo mesmo"
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#rumositau marcelo agora fala do espetáculo que faz baseada na obra do euclides da cunha...
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#rumositau o piauisense é lento, senta e espera... tem uma coisa ainda de olhar o boi pastar.
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#rumositau o marcelo diz que o corpo é como um site, onde eventos ocorrem, onde o público possa escrever no corpo suas próprias questões.
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#rumositau há autoria está bagunçada, hoje a dança trabalha com uma questão, e não simplesmente como uma técnica perfeitamente realizada
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#rumositau "toda nossa força é para não cair no chão"... essa é função básica do corpo...
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#rumositau tô me coçando pra perguntar sobre a criação hj...
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#rumositau o processo abre frentes, abre possibilidades, não é para ser alcançado... é uma maneira de pensar..
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#rumositau marcelo lê: a arte hj tem um poder cognitivo, produz conhecimento, e o poder de produzir e resolver uma problemática...
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#rumositau eu vou perguntar coisas, pq me interesso sobre o processo de criação no campo da cultura digital...
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#rumositau como juntamos a idéia do espectador com a do espetáculo... pergunta marcelo...
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#rumositau eu penso assim: o processo de criação é o pensamento sobre a criação em ato...
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#rumositau achei genial a idéia do marcelo: "o processo é singular, é intransferível..." mas ajuda a pensar em como se pode falar sobre isso
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#rumositau isso pq "acontece quando não acontece" (derrida)... Genial essa frase,cara... A criação tem um campo do imprevisível...
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#rumositau marcelo: temos dificuldade de formatar nosso processo de criação...
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#rumositau marcelo: acho complicado analisar o resultado, nem tudo que é bom, lota a casa...
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#rumositau questão da platéia: qual é o lugar da intuição na criação?
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#rumositau legal foi a analogia que hoje a dança se assemelha ao trabalho do DJ. Há uma base, mas há improvisação, o remix, que é o autoral.
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#rumositau Sonia tenho alguma coisa para comunicar, mas qual é o corpo que preciso? A minha maneira de organizar que é autoral.
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#rumositau Mas tem técnica para chupar cana? O que é a técnica, pergunta Marcelo para si.
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#rumositau mas como ter técnica para dançar a dança contemporânea? pergunta a galera..
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#rumositau A Pina rompe com essa idéia de que o coreógrafo deve trazer tudo pronto...
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#rumositau é, é verdade, mas ela tem um olho clínico...
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#rumositau galera pergunta: - mas a pina trabalha com muita solidão, sem muita técnica?
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#rumositau "Aí eu fiz com um amigo da cia o ritual que os índios fizeram com meus pais". A Pina pede que a gente se expressa..
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#rumositau aí eu me lembrei q o meu pai foi construir uma ponte no interior do PI. e ganhou dos índios um ritual de agradecimento.
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#rumositau a Pina um dia perguntou mostre para uma pessoa como você é amigo dela.
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#rumositau a Pina contou uma história que os elefantes não morrem na presença de outros. se isolam. Então o mote era faça o que você quiser.
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#rumositau O processo da Pina Bausch é a partir de questões. A minha questão foi "cemitério de elefantes".
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#rumositau Marcelo: a Pina trouxe a noção de corpo mais permeável, aberto ao entendimento com o outro.
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#rumositau Marcelo: era acostumada a ver corpos mistificados, capazes de fazer coisas que ninguém pode fazer...
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#rumositau eu investigo os aspectos culturais de um povo e depois transcodifico isso em dança.
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#rumositau Marcelo: hoje os artistas buscam ter questões (identidade, territorialidade,...)
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#rumositau Marcelo: Estou me dando um tempo para estudar... fazer uma investigação teórica sem a necessidade de fazer um espetáculo.
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#rumositau Marcelo: fui para Europa em 85, voltei há três anos... voltei para compartilhar conhecimento neste bom momento politico do país.
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#rumositau A galera faz um círculo para poder debater com o Marcelo...
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Sonia Cabral, do Itau Cultural, explica o programa Rumos.
about 6 hours ago from web
Vai começar seminário com o coreógrafo Marcelo Evelin. Tema da palestra "O Corpo questionado"...